A primeira apresentação minha no palco da escola foi com a fantasia de Borboleta Azul.
Minha mãe costurou o corpete, pôs uma sainha de tule, um calção fofo por baixo, fez umas antenas lindas de lantejoulas douradas e umas asas lindas muito bem pregadas nas costas e no pé sapatilhas, como de uma bailarina.
Eu só tinha visto o palco umas poucas vezes.
Ele era enorme, eu achava, com tábuas de madeira bem encerada.
Ensaiamos várias vezes sem as fantasias.
Havia uma marcação a seguir.
Eu a memorizei.
No dia da apresentação, veio a família, minha prima se sentou na frente com minha tia.
A emoção dentro do peito era enorme!
Eu era uma menina falante e tal, mas daí a entrar no palco feito borboleta, ao som da música de fundo, nas pontas dos pés, bem delicada, batendo asas e chamar as demais borboletas coloridas para esvoaçarem pelo palco comigo, essa era a minha missão.
Assim que entrei, fui aplaudida e isso me deu mais confiança.
A timidez me levou a evitar olhar a platéia de frente, conforme me ensinara a professora Dona Edna. Olhei de um lado, depois do outro, mas nunca para frente e fui fazendo vôos e mais vôos pelo palco.
Assim que as outras borboletas, minhas colegas, de todas as cores também entraram tudo ficou mais fácil.
Minha prima, hoje mãe de um rapaz de vinte anos não se esquece do dia em que me viu entrando de borboleta no palco.
E eu?
Ah, eu gostei muito de ter desempenhado bem o papel de borboleta em plena primavera.
Minha mãe costurou o corpete, pôs uma sainha de tule, um calção fofo por baixo, fez umas antenas lindas de lantejoulas douradas e umas asas lindas muito bem pregadas nas costas e no pé sapatilhas, como de uma bailarina.
Eu só tinha visto o palco umas poucas vezes.
Ele era enorme, eu achava, com tábuas de madeira bem encerada.
Ensaiamos várias vezes sem as fantasias.
Havia uma marcação a seguir.
Eu a memorizei.
No dia da apresentação, veio a família, minha prima se sentou na frente com minha tia.
A emoção dentro do peito era enorme!
Eu era uma menina falante e tal, mas daí a entrar no palco feito borboleta, ao som da música de fundo, nas pontas dos pés, bem delicada, batendo asas e chamar as demais borboletas coloridas para esvoaçarem pelo palco comigo, essa era a minha missão.
Assim que entrei, fui aplaudida e isso me deu mais confiança.
A timidez me levou a evitar olhar a platéia de frente, conforme me ensinara a professora Dona Edna. Olhei de um lado, depois do outro, mas nunca para frente e fui fazendo vôos e mais vôos pelo palco.
Assim que as outras borboletas, minhas colegas, de todas as cores também entraram tudo ficou mais fácil.
Minha prima, hoje mãe de um rapaz de vinte anos não se esquece do dia em que me viu entrando de borboleta no palco.
E eu?
Ah, eu gostei muito de ter desempenhado bem o papel de borboleta em plena primavera.
Ana Lúcia Brandão
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Lembrei-me da Borboleta azul de Pessoa
ResponderExcluirencontrei a história:
A BORBOLETA AZUL
Fernando Pessoa
Havia um viúvo que morava com suas filhas curiosas e inteligentes.
As meninas sempre faziam muitas perguntas. Algumas ele sabia responder, outras não.
Como pretendia oferecer a elas a melhor educação, mandou as meninas passarem férias com um sábio que morava no alto de uma colina.
O sábio sempre respondia todas as perguntas sem hesitar.
Impacientes com o sábio, as meninas resolveram inventar uma pergunta que ele não saberia responder.
Então, uma delas apareceu com uma linda borboleta azul que usaria para pregar uma peça no sábio.
“O que você vai fazer?” – perguntou a irmã.
“Vou esconder a borboleta em minhas mãos e
perguntar se ela está viva ou morta.
Se ele disser que ela está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar.
Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la e
esmagá-la. E assim qualquer resposta que o sábio nos der estará errada!”
As duas meninas foram então ao encontro do sábio, que estava meditando.
Tenho aqui uma borboleta azul. Diga-me sábio, ela está viva ou morta?
Calmamente o sábio sorriu e respondeu:
Depende de você... ela está em suas mãos!!!
Mariana
ResponderExcluirtal qual borboleta:
a fluir pelo palco
como se não houvesse terra além das coxias;
a ensaiar sem fantasia
como sem fantasia havemos de caminhar por muito
a esperar pelo ousar;
Mariana a memorizar
o novo velho
no velho tão novo
Mariana a sentir
e o que estava dentro
esteve fora.
Mariana a cavalgar....
corre no palco pequena
corre sem ver que corres
corre que já não podemos correr.
Parabéns pela postura Suely!
ResponderExcluirSe puder, visite o Verde Vida.
http://vervida.blogspot.com
Felicidade em sua jornada.
Bom eu particularmente, adorei o texto eu amooo borboleta, serio, sou facinada por elas , gostei mesmooo, continue assim , beijinhoss
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