"MARIANA nos convida para uma interessante jornada, emprestando-nos “seu olhar” para mostrar,
através da narrativa de seus pensamentos, sentimentos e emoções, tudo que existe além das “DIS-HABILIDADES”.
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domingo, 8 de maio de 2011

MINHA ADORADA MÃEZINHA

Era uma semana antes do “Dia das Mães”.
Havia uma grande expectativa e muitos preparativos.

A professora pediu a todos que escrevessem uma carta para as mães. Todos deveriam escrever no caderno e depois copiar no papel almaço, com letra caprichada e decorar a folha para entregar o texto como presente.

Mariana estava no 4ª. ano primário.
Mariana estava apreensiva...
Como escrever uma carta?
Como escrever com letra caprichada?
Como preencher aquela folha de almaço tão grande!!!...

Olhando as colegas, foi percebendo como cada uma delas fazia.
Pensava, tristemente: “Era quase impossível escrever tantas frases.”
Assim começou muitas vezes... apagou outra tantas.
Pensava assustada, como fazer no grande dia, se não acabasse o trabalho.
Como não ter nada para entregar de presente para a sua mãe, tão querida!

Então, mais uma vez... concentrava-se no lápis e papel tentando construir as frases.
Era inútil!!!

Até que no seu “senta-levanta”... encontrou uma folha de almaço com muita coisa escrita de uma colega. Olhou bem o escrito e resolveu completar o que já estava feito.
Ufa! Enfim, tinha encontrado uma solução.
Agora tinha que caprichar na dedicatória... escreveu: “para minha adorada mãezinha”.
Pronto... ficou pronto!!!

Mas a professora, indiferente a todo seu esforço, não gostou da dedicatória ... pois adorar, só se adora a Deus.
Pediu que apagasse e escolhesse outro adjetivo... pois adorar só a Deus.
Mariana se recusou a apagar e sua carta foi para a diretoria.
Humilhada mais uma vez... mesmo tendo “caprichado” na letra, completado o texto... 
Agora, só por causa do adorada??? Não era possível!

Quando a mãe foi buscá-la... tiveram que ir falar com a diretora.
Elas queriam de qualquer forma que Mariana apagasse o “adorada”.
Mariana insistiu que não iria apagar... mesmo que pudesse ser expulsa da escola.
Ficou tremendo de medo... mas continuou insistindo.
Não apagou...
Tinha dado muito trabalho... não conseguiria escrever outra vez.

Assim, saiu da diretoria de mãos dadas com a mãe e com a sua carta dedicada a sua adorada mãezinha.