

Se o pensamento mágico de Nanda é capaz de coisas de outro mundo, que dizer do medo de amar, tema de “A princesa Raga-Si” de José Arrabal, que faz uso do tom das trovas medievais de amor cortês na sua confecção. Ela é uma princesa indiana que não aceita aventurar-se com o marinheiro Inayat-Sol pelos mares da vida. Fechada em seu branco “encardido” Raga-Si acaba conhecendo a vida e seus segredos pelas mãos de um cego. Diz ele para ela: “- Vem sem temor, Raga-Si! Traz o seu branco consigo. Vem por lá e mais aqui e vem sem medo de si!”. Sentindo o pulsar da vida, R

Outra história de amor, baseada em uma lenda mexicana é “A princesa e o guerreiro: uma história de amor” de Anna Göbel, com tradução de Sônia Junqueira (Formato). Aqui, a menina Laura, expulsa da classe, encontra na biblioteca um retábulo antigo que conta uma lenda, a do guerreiro que se apaixonou por uma princesa. Laura decifra as letras e lê a história dos dois. Eles se amam, mas a guerra se interpõe a esse amor. Uma guerra injusta, que quando termina, traz a notícia da morte do bravo guerreiro. A princesa reage caindo em um sono profundo. O povo traz flores para reavivá-la. Seu corpo fica leve e desaparece em uma neblina. Depois uma chuva de três dias assola o lugar. Após a chuva, dissipa-se o nevoeiro e surgem dois grandes vulcões. “Naquele momento, os moradores da floresta souberam que os dois vulcões eram a princesa e o guerreiro, que haviam encontrado a maneira de estar eternamente unidos, entrelaçando-se e irradiando aos quatro ventos o amor que nascia de suas entranhas”. As ilustrações em tecido pintado com os traços expressionistas de Anna Göbel, ora mostram o retábulo, ora resumem momentos da história, completando o clima de drama e mistério propostos pelo texto.
Ana Lúcia Brandão
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