O prefixo grego "dis" ou "dys" ("δυσ-") significa "mau", "anormal", "estranho" ou “difícil”, como na palavra dislexia, (do grego Δυσλεξία, δυσ ["difícil"] e λέξις ["palavra"]), que caracteriza-se por uma dificuldade na área da leitura, escrita e soletração.
Apesar de comum a afirmação de que a pessoa disléxica apresenta uma certa inabilidade para ler e escrever, ela não é a mais apropriada, uma vez que o prefixo “in”, significa “falta de”, como em inadequado – falta de adequação –, e o que ocorre com a criança disléxica não é uma “falta de” habilidades, mas uma dificuldade em desenvolver essas habilidades de acordo com os modelos de letramento, nos quais as crianças aprendem a ler e a escrever por meio da associação de sílabas ou palavras escritas ao seu som na língua materna.
Por apresentarem dificuldades em se adequar a esses modelos, as crianças disléxicas necessitam de acompanhamento para que possam desenvolver outros caminhos cognitivos para alcançar o domínio da linguagem escrita. O conceito de disabilidades, portanto, surgiu como um neologismo para se referir às dificuldades com as habilidades consideradas padrão, e não à falta completa de habilidades.
Uma criança disléxica, portanto, possui outras habilidades – como o desenho, a construção oral de narrativas, a mímica –, que podem ser utilizadas como ponto de partida para o processo de letramento, em um processo que visa a suprir suas dificuldades com as habilidades consideradas padrão.
Renata Quirino de Sousa
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As disabilidades não nos torna incapazes e sim procuradores de outros caminhos para realizar diferentemente da maioria.
ResponderExcluirRenata Siqueira