"MARIANA nos convida para uma interessante jornada, emprestando-nos “seu olhar” para mostrar,
através da narrativa de seus pensamentos, sentimentos e emoções, tudo que existe além das “DIS-HABILIDADES”.
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segunda-feira, 19 de março de 2012

Conta-Reconta 2: "Meu guarda-chuva amarelo"

História Original: Meu guarda-chuva amarelo
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Eu tinha nove anos e as férias de verão prometiam ser cheias de companhia e aventura. Meu irmão levou um amigo e minha tia não deixou minha prima vir comigo. Fiquei chateada por estar solitária até que meu pai me apresentou à Estrela, uma égua não muito alta, nem muito nova, que papai me ensinou a cavalgar.

Ele sinalizou para mim noções iniciais - sobe por aqui e desce por ali, puxa rédea para esse lado, puxa rédea para aquele lado, fica com a espinha ereta e aperta as pernas no lombo da égua. Bate com a perna na barriga dela para ela caminhar. Faça um carinho na crina para ela se lembrar que você está no comando, mas a respeite.

Segui as dicas que mostraram-se preciosas.
Entabulamos uma amizade inesquecível.
Passeamos juntas e fizemos muita companhia, uma para a outra, nas montanhas e trilhas de Campos do Jordão. Os cascos da égua batendo com-pas-sa-da-mente no chão de terra batida. Pedregulhos aqui e ali, desvio de valas e passo de veludo ao passar nos mata-burros. O vento gelado com cheiro de pinha e terra molhada pelo orvalho ia cortando meu rosto, exalando uma enorme sensação de liberdade.

Foram dias em que a vida e a natureza sorriram à larga comigo no colo!
E meu pai observando tudo com um semblante de orgulho pela filhota corajosa que ele reconheceu naquele momento como sendo sua.


Por Ana Lúcia Brandão

segunda-feira, 12 de março de 2012

Três histórias sobre uma árvore que se caracteriza pela generosidade

Resenha sobre o livro: "A Semente que Veio da África" - Heloísa Pires Lima, George Geneka e Mário Lemos - Editora Salamandra
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O livro de literatura infantil "A Semente que Veio da África" parte de uma idéia muito original. Ele reúne três lendas sobre o baobá, advindas da Costa do Marfim, de Moçambique e da França.

O baobá é uma árvore que pode viver até seis mil anos. Além da longa vida, esta árvore se caracteriza pela abundância e pela generosidade. Suas sementes são castanhas comestíveis, que também são usadas para se fazer um tipo de bebida semelhante ao café. Com o óleo da castanha se faz sabão. A polpa de suas frutas tem vitamina C.
Ela também dá flores e uma sombra deliciosa. E quando morre, o baobá desaba sobre si mesmo, deixando uma montanha de fibras das quais se fazem cordas, tecidos, fios de instrumentos musicais e cestos.

A obra foi escrita a várias mãos e reúne um mito de origem, uma lenda e uma narrativa de Heloisa Pires Lima. Estas três abordagens poéticas dão uma dimensão da importância dessa árvore, não apenas na paisagem africana, mas também no imaginário de seu povo. Os textos vêm acompanhados de depoimentos pessoais dos autores, rememorando aspectos da infância e do convívio com o baobá.

Além disso, o leitor encontra uma série de fotografias desta árvore enorme e tão significativa para os africanos. "A Semente que veio da África" é um livro que exala a força da natureza com muita beleza poética. É uma ótima opção para ser trabalhada em sala de aula, tanto na área de ciências como por professores de português e de história.

Por Ana Lúcia Brandão

Fonte: A Semente que Veio da África
UOL Educação - Resenhas - 17/07/2007

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher - 2012


Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.

Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.

Elas andam sem novos sapatos para
suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.

Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversario ou um novo casamento.

Pablo Neruda