"MARIANA nos convida para uma interessante jornada, emprestando-nos “seu olhar” para mostrar,
através da narrativa de seus pensamentos, sentimentos e emoções, tudo que existe além das “DIS-HABILIDADES”.
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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Conta-Reconta: "A borboleta azul"

História Original: A borboleta azul
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Lembrei-me da borboleta azul de Pessoa...
e encontrei a história:

A BORBOLETA AZUL
Fernando Pessoa

Havia um viúvo que morava com suas filhas curiosas e inteligentes.
As meninas sempre faziam muitas perguntas. Algumas ele sabia responder, outras não.
Como pretendia oferecer a elas a melhor educação, mandou as meninas passarem férias com um sábio que morava no alto de uma colina.

O sábio sempre respondia todas as perguntas sem hesitar.
Impacientes com o sábio, as meninas resolveram inventar uma pergunta que ele não saberia responder.
Então, uma delas apareceu com uma linda borboleta azul que usaria para pregar uma peça no sábio.

“O que você vai fazer?” – perguntou a irmã.
“Vou esconder a borboleta em minhas mãos e
perguntar se ela está viva ou morta.
Se ele disser que ela está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar.
Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la e
esmagá-la. E assim qualquer resposta que o sábio nos der estará errada!”

As duas meninas foram então ao encontro do sábio, que estava meditando.
Tenho aqui uma borboleta azul. Diga-me sábio, ela está viva ou morta?
Calmamente o sábio sorriu e respondeu:
Depende de você... ela está em suas mãos!!!

Pedro Shiozawa
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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Conta-Reconta: "O menino de olhos azuis"

História Original: O menino de olhos azuis
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Muito pequena percebi que todo mundo já sabia ler em casa menos eu. Via meus pais de livros na mão, meu avô de jornal na mão, meu irmão lendo gibis. Aí comecei a imitar. Pedia livro de presente, gibi e ficava olhando as imagens e imaginando as histórias.

E a escola então? Ir para a escola era conhecer gente nova, aprender a ler e a escrever. Eu amava a escola. Mas tinha de aprender a ler logo para todos me admirarem. Acontece que foi difícil a tal cartilha do patinho e todo domingo minha mãe estudava comigo. Eu sentia vergonha de precisar dela para me ensinar além da professora.

Aí, um dia eu aprendi a ler. Era meu aniversário e fiquei o dia e a noite lendo todos os letreiros que encontrava. Desafiante mesmo era ler os letreiros do Jornal O Estado de São Paulo. Eram rápidos e falavam de coisas que eu não entendia, mas repetia em voz alta. Meus pais acharam meu aniversário meio chato, mas eu adorei!

Ana Lúcia Brandão
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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Feliz Natal e Próspero 2011!

No início dos anos 60, o pintor espanhol Pablo Picasso eternizou a pomba como símbolo da paz, em uma série de gravuras que se tornaram famosas mundialmente.


Que neste tempo de Festas Natalinas, o símbolo bíblico da pomba possa nos anunciar a aliança com Deus, que traz paz e esperança após a tormenta, como no relato de Noé após o Diluvio!

Que neste tempo de Festas Natalinas, o símbolo bíblico da pomba possa nos anunciar a presença de Deus em nossas vidas, como em Sua aparição no batismo de Jesus Cristo!

Que neste tempo de Festas Natalinas, o símbolo bíblico da pomba possa nos anunciar a vinda do Espírito Santo, do “Espírito de Amor e de Luz” que traz conhecimento, compreensão, fortaleza e fé, como em Pentecostes.


Que neste Natal, você possa renovar e fortalecer sua fé no Novo Tempo,
para um Novo Ano coberto de bençãos e realizações!

Esses são Nossos Votos para Você e sua Família!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Temática do Coelho

Alice nunca mais poderia ser a mesma, depois do contato com o coelho, já que, mesmo que tivesse medo da viagem e escolhesse não iniciá-la, já teria tomado consciência de possibilidades que antes não lhe chamavam a atenção.

A primeira associação que me vem à cabeça é com relação ao coelho, que pode ser interpretado, segundo a Hermenêutica de Ricoeur, como aquele que provoca a ruptura, fazendo com que seu interlocutor passe a ver as coisas através de outra perspectiva.

Além disso, a viagem de Alice também me remete à filosofia dialética de Heráclito, que afirmou que um homem não se banha duas vezes no mesmo rio, já que, na segunda vez em que for se banhar, já não é o mesmo homem e o rio já não é o mesmo rio.

Na temática do “coelho” muitas são as interpretações possíveis, como o diagrama abaixo nos aponta.

Renata Quirino de Sousa

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Alice no País das Maravilhas

Alice no País das Maravilhas (título original em inglês: Alice's Adventures in Wonderland, frequentemente abreviado para "Alice in Wonderland") é a obra mais conhecida do professor de matemática inglês Charles Lutwidge Dodgson, sob o pseudónimo de Lewis Carroll, que a publicou a 4 de julho de 1865, e uma das mais célebres do gênero literário nonsense ou do surrealismo, sendo considerada a obra clássica da literatura inglesa. O livro conta a história de uma menina chamada Alice que cai numa toca de coelho que a transporta para um lugar fantástico povoado por criaturas peculiares e antropomórficas, revelando uma lógica do absurdo característica dos sonhos. Este está repleto de alusões satíricas dirigidas tanto aos amigos como aos inimigos de Carrol, de paródias a poemas populares infantis ingleses ensinados no século XIX e também de referências linguísticas e matemáticas frequentemente através de enigmas que contribuíram para a sua popularidade. É assim uma obra de difícil interpretação pois contém dois livros num só texto: um para crianças e outro para adultos.

Este livro é uma continuação da obra do mesmo autor Alice do Outro Lado do Espelho, e ambos influenciam ainda diversos autores e filmes como A Liga Extraordinária, de Alan Moore e Sandman, de Neil Gaiman.

ORIGEM
A 4 de 1862, durante um passeio de barco pelo rio Tâmisa, Charles Lutwidge Dodson, na companhia do seu amigo Robinson Duckworth, conta uma história de improviso para entreter as três irmãs Liddell (Lorina Charlotte, Edith Mary e Alice Pleasance Liddell). Eram filhas de Henry George Liddell, o vice-chanceler da Universidade de Oxford e decano da Igreja de Cristo, bem como director da escola de Westminster. A maior parte das aventuras foram baseadas e influenciadas em pessoas, situações e edifícios de Oxford e da Igreja de Cristo, por exemplo, o Buraco do Coelho (Rabbit Hole) simbolizava as escadas na parte de trás do salão principal na Igreja de Cristo. Acredita-se que uma escultura de um grifo e de um coelho presente na Catedral de Ripon, onde o pai de Carroll foi um membro, forneceu também inspiração para o conto.

Essa história imprevista deu origem, a 26 de Novembro de 1864, ao manuscrito de Alice Debaixo da Terra (título original Alice's Adventures Under Ground) com a finalidade de oferecer a Alice Pleasance Liddell a história transcrita para o papel.

Mais tarde, influenciado tanto pelos seus amigos como pelo seu mentor George MacDonald (também escritor de literatura infantil), decidiu
publicar o livro e mudou a versão original, aumentando de 18 mil palavras para 35 mil, acrescentando notavelmente as cenas do Gato de Cheshire e do Chapeleiro Louco (ou Chapeleiro Maluco).

Deste modo, a 4 de Julho de 1865 (precisamente três anos após a viagem) a história de Dodgson foi publicada na forma como é conhecida hoje, com ilustrações de John Tenniel. Porém a tiragem inicial de dois mil exemplares foi removida das prateleiras devido a reclamações do ilustrador sobre a qualidade da impressão. A segunda tiragem, ostentando a data de 1866, ainda que tenha sido impressa em Dezembro de 1865, esgotou-se nas vendas rapidamente, tornando-se um grande sucesso, tendo sido lida por Oscar Wilde e pela rainha Vitória. Na vida do autor, o livro rendeu cerca de 180 mil cópias. Foi traduzida para mais de 125 línguas e só na língua inglesa teve mais de 100 edições.

Em 1998, a primeira impressão do livro (que fora rejeitada) foi leiloada por 1,5 milhão de dólares americanos.

Fonte:
Wikipedia

Por Bianca Giannotti Barros





segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A questão da idade na Educação Infantil

Vamos tentar analisar uma questão muito importante no diagnóstico de uma alteração no desenvolvimento de uma criança: a idade.

Na Educação Infantil nos deparamos constantemente com questionamentos tanto por parte dos educadores, quanto dos pais dos alunos, no tocante à organização e classificação de grupos por conta da faixa etária, tão discutida e tão complexa.

Não é à toa que os órgãos normatizadores da educação estão sempre modificando a data de ingresso no ensino básico, a exemplo da Deliberação CEE 73/2008, que autoriza a matrícula da criança no 1º ano do ensino Fundamental ao completar 6 anos até 30 de junho e depois na Resolução CNE/CEB nº 01/2010 que muda tal data para 31 de março. Como se percebe com estes dois exemplos, em menos de 2 anos a data mudou e os educadores ficaram com as questões práticas desta legislação, o que causa grande impacto na organização dos agrupamentos na Educação Infantil.

De um lado, os pais, que se espelham na sua história de vida, na trajetória dos filhos mais velhos, que não passaram por esta nova forma de classificação e precisam de um novo olhar para aceitá-la. Para eles fica a impressão de que seu filho está sendo prejudicado, quando aniversaria no segundo semestre e “perde” um ano de estudos, entrando na faculdade mais tarde do que imaginaram.
De outro, os educadores e governantes, que discutem incessantemente os porquês do fracasso escolar, das reprovações, às vezes ocasionadas exclusivamente por imaturidade da criança que ingressou no ensino básico e aniversaria bem no final do ano.

Esta questão é muito discutida na Educação Infantil, que não sendo obrigatória, mas aqui no Sudeste do Brasil, muito comum que as crianças a frequentem.
Toda esta discussão já é um bom material para que os educadores e seus parceiros tenham bastante o que pensar e argumentar, mas o escopo aqui é o propósito de falar sobre as disabilidades e seus entornos, então vamos lá, no que isso implica a questão da idade?

Os profissionais que trabalham com as crianças, desde sua tenra idade, têm critérios de avaliação suficientes para entender em que estágio do desenvolvimento elas se encontram, respeitando as diferenças de ritmo de aprendizagem é claro, mas conseguem “ver de longe” que algo está errado, quando se deparam com uma criança em atraso de desenvolvimento ou qualquer outro transtorno.

Se os órgãos públicos não conseguem definir a melhor idade para ingressar no ensino básico, quem dirá a dificuldade em se convencer os pais de que algo anda errado e que precisa de investigação profissional, no desenvolvimento de seu filho? Constantemente se ouve: “Mas ele é tão pequeno, só vai pra escola para brincar e ter amigos...” ou “Como a professora sabe que meu filho tem problemas, ele nem sabe falar ainda?”

O que quero deixar à mesa para discussão, aqui, é que muito se faz para auxiliar uma criança que sofre com suas disabilidades em aprender, professores atentos alertam pais, profissionais competentes buscam esclarecimentos e terapias que a façam transpor tais dificuldades, pais amáveis lutam para que seus filhos sejam felizes e sofrem muito quando percebem que algo não está bem na aprendizagem deles. A questão da idade é só mais um ingrediente neste cenário, tão complexo e tão importante. Não pode ser deixado de lado. Vamos refletir?

Renata Siqueira Silva

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Quando a arte é uma questão de vida ou morte

Resenha sobre o livro: "Sonhos em Amarelo: o Garoto que Não Esqueceu Van Gogh" - Luiz Antonio Aguiar - Editora Melhoramentos - 114 páginas
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"Sonhos em Amarelo" é um texto literário criado a partir de uma suposição cheia de imaginação. Como teria sido a convivência da família do carteiro Joseph Roulin com o pintor Van Gogh?

A resposta é elaborada a partir do olhar sensível e lapidado do escritor Luiz Antonio Aguiar. Aguiar é um autor de literatura juvenil bastante conhecido e premiado. Segundo historiadores da arte, o período da convivência entre a família Roulin e Van Gogh foi a época de maior criatividade do pintor e se refletiu nas suas obras mais conhecidas até hoje. São dessa época os quadros "Vinhedo Vermelho", "Os Girassóis" e "O Garoto de Quepe".

A família Roulin era muito simples e passou a conviver com o pintor quando este levava uma vida muito solitária. O filho do carteiro Roulin, Camille, de onze anos, tornou-se especialmente próximo de Van Gogh. A amizade entre os dois tornou-se muito estreita porque o menino demonstrava ser mais sensível à arte do que o pai. Ao ver o mestre pintando, acompanhava suas idéias e expressão, inclusive emitindo opiniões que o pintor respeitava e assimilava. Desse modo, o menino assistiu a seus momentos de tensão criativa e também a seus arroubos de realização. Camille e sua família acompanharam também o desequilíbrio psíquico vivido pelo pintor que levou à sua internação e à sua morte. Mantiveram-se durante todo o tempo firmes no respeito e na admiração que sentiam por tão ilustre amigo.

O texto é de grande qualidade literária. Fica a ressalva de que a editora poderia ter dedicado um maior apuro visual ao livro, inserindo as imagens dos quadros comentados.

Indicações:
Pelo teor poético e pela qualidade literária, a obra é uma boa indicação para alunos dos dois últimos anos do ensino fundamental II e do ensino médio, nas áreas de português, artes, geografia e ciências.

Ana Lúcia Brandão

Fonte:
Sonhos em Amarelo: o Garoto que Não Esqueceu Van Gogh
UOL Educação - Resenhas - 08/02/2008
http://educacao.uol.com.br/resenhas/ult4283u65.jhtm

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